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23 de mar. de 2011

“O senhor não conhece o Código. Quem conhece o CPC sou eu que sou juíza.”

Bruno Pinho Gomes, advogado do réu em um processo que corria na 11ª Vara do Rio de Janeiro, diz que foi desrespeitado pela juíza do caso, Lindalva Soares da Silva, na última quarta-feira (16/3), durante a audiência. “Ela reiteradamente falava que os advogados não conheciam o Código de Processo Civil e dizia que eles faziam perguntas impertinentes e que não sabiam falar português”.

Eis o diálogo que o advogado diz ter travado com a juíza:
 
“O senhor não conhece o Código. Quem conhece o CPC sou eu que sou juíza.”
 
“Conheço tanto quanto a senhora.”
 
“Se conhecesse, seria juiz e não advogado.”
 
“Não tenho a menor pretensão de ser juiz, apesar de muito louvar a sua função.”
 
“Coitado.”

Pinho Gomes é pós graduado em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e professor da disciplina. Ele fez requerimento (clique e leia) a Ordem dos Advogados do Brasil “para dar seguimento a representação contra a juíza objetivando desagravo e abertura de processo administrativo junto aos órgão de controle da atividade do juiz”.

Procurada pela revista ConJur, a juíza disse que "nada disso aconteceu". A delegada da Ordem dos Advogados do Brasil, Rosa Maria da Silva Cunha Estevez, que presenciou os fatos, não quis comentar o assunto.

Por Marília Scriboni - CONJUR



Na advocacia existe um ditado, que salvo engano foi pensado por Calamandrei:

"Alguns juízes pensam que são deuses, outros, têm certeza".

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