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9 de abr. de 2011

Monstro de Realengo ainda tinha 23 balas para disparar

Do Meia Hora

Segundo perícia, Wellington recarregou as armas várias vezes e deu 66 tiros na escola.

Quando o sargento Alves conseguiu deter Wellington ele ainda tinha 22 balas numa cartucheira.




Um homem com problemas mentais definido como louco pelo delegado da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, que se sentia perseguido, era simpático a atos terroristas e tinha enorme sede de matar.

Os peritos ficaram impressionados com os 66 tiros disparados pelo matador.

Foram 60 tiros com o revólver calibre 38 - que ele teve de recarregar pelo menos dez vezes - e seis com o revólver 32. Ettore não acredita que ele tenha tido qualquer treinamento para usar as armas nem para regarregá-las: "Nada do que ele usou requer treinamento. São armas de fácil manuseio", disse o delegado.



Os depoimentos da professora e da secretária ajudaram a polícia a traçar a mecânica da matança.
 
Um primo revelou também que, aos 10 anos, quando estudava na Tasso da Silveira, Wellington foi jogado na lata de lixo pelos colegas: "Pelo que temos, trata-se de uma pessoa com doença mental. Alguém que só andava de calça e camisa para dentro. Metódico, que cortava o cabelo a cada 30 dias. E solitário, sem amigos nem namoradas", concluiu Ettore.
 
 
Perfil no Orkut tinha mensagem sobre massacre



Os agentes pediram ainda à Justiça para que o perfil de Wellington seja retirado do site de relacionamentos Orkut. A polícia investiga se há relação entre o assassino e um perfil anônimo, criado no mesmo site, onde uma mensagem que falava sobre uma chacina em colégio do Rio fora postado uma semana antes do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira. O texto também foi publicado por um perfil falso do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), cuja autoria a polícia também investiga.

Ainda no Orkut, em um fórum que debate casos de bullying (agressões no ambiente escolar) havia mensagem sobre um massacre em uma escola, comparado a Columbine, em Denver, (EUA), onde ataque terminou com 13 mortes.
 
 
Durante entrevista para a BandNews FM, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Bullying, Mentes Perigosas na Escola”, falou sobre a tragédia no Rio de Janeiro. Segundo ela, o jovem Wellington Menezes de Oliveira, que matou 12 alunos da escola Tasso da Silveira, ontem, tem traços nítidos da personalidade esquizofrênica.
 
A especialista destaca, principalmente, o fato do atirador passar muito tempo recluso em seu mundo e ter dificuldades de relacionamentos emocionais.
 
Para ela, a preocupação deve existir quando o jovem fica muito tempo sozinho e não se relaciona social e afetivamente. Ela diz que “não precisa ser popular, mas deve se relacionar com um ou dois amigos. Os discursos radicais, religiosos, encarados como a missão de vida são sintomas de distúrbios mentais”, alerta.
 
Ouça a entrevista em duas partes:
 

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