Na Câmara dos Deputados, o presidente da CBF Ricardo Teixeira e o secretário-geral da Fifa Jerome Valcke anunciaram que os estudantes não terão direito à meia-entrada nos jogos da Copa no Brasil.
O benefício será garantido apenas aos idosos. A Fifa também vai passar por cima do Estatuto do Torcedor, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios por causa da violência. Como um dos patrocinadores da Copa do Mundo é uma cervejaria, a entidade vai permitir esse tipo de comércio. Além de falar sobre a Lei Geral da Copa, Teixeira foi questionado sobre denúncias de corrupção, mas se esquivou em todas as perguntas.
O executivo da Fifa esclareceu que há uma ideia de criar uma categoria de ingressos para atender à demanda de idosos, estudantes e pessoas de baixa renda, com preço de aproximadamente US$ 25 (R$ 44). A categoria com preços populares representará cerca de 10% do volume total de bilhetes da Copa, de três milhões, excetuando o jogo de abertura. Serão 47 partidas contempladas com o desconto.
Jérôme Valcke apenas pediu para que haja uma maneira de assegurar que os bilhetes com preços reduzidos não sejam vendidos a cambistas ou pessoas com melhores condições financeiras. A categoria um, por exemplo, terá valores fixados em cerca de US$ 900 (R$ 1,6 mil).
Outro ponto polêmico é a questão da venda de bebidas alcoólicas. Apesar da manifestação de alguns deputados, que são contra a comercialização por conta do aumento da violência, Valcke enfatizou que será difícil convencerem a entidade disso. Frisou que outros Mundiais, como o da Alemanha e o da África do Sul, não apresentaram problemas, e que tem parceiros a atender, neste caso a Budweiser.
– Claro que reduzir o álcool é importante, mas isso nunca representou nenhum risco aos países que realizaram a Copa anteriormente. Não vou assumir o compromisso de que o álcool não será vendido. São compromissos assumidos pelo Brasil na época em que a Copa foi entregue ao país. Não queremos embebedar ninguém. Terão dificuldade de me convencer que o álcool trará danos. Sinto pela resposta, mas é a que posso dar agora – disparou.
O deputado Romário (PSB-RJ) roubou a cena no encontro de ontem entre os deputados da Comissão Especial da Lei Geral da Copa com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Durante audiência pública que debateu pontos polêmicos do Projeto de Lei que está em tramitação no Congresso, o ex-jogador atacou Teixeira, sugerindo até a renúncia dos cargos de presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) caso o nome dele apareça no dossiê que será divulgado em dezembro com os envolvidos no suposto caso de recebimento de propina envolvendo a empresa de marketing ISL.
- O senhor depôs na Polícia Federal sobre as denúncias do jornalista Andrew Jennings, de que o senhor teria recebido propina. Fala-se em um acordo para manter nomes em sigilo. O senhor recebeu propina? Se seu nome aparecer, o senhor renunciará à presidência da CBF e do COL? – indagou.
Garotinho também bateu de frente com Teixeira
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